sexta-feira, 31 de outubro de 2008


Em 29 de outubro de 1996 a companhia realizou a pré-estréia do espetáculo “A Onça e o Bode”, na Escola Estrela do Mar, no município de São Lourenço do Sul/RS, o elenco contava então com Luciá Tavares e Moisés Vasconcellos.
A foto acima é da estréia de fato que aconteceu, no dia 31 de outubro de 1996, no Teatro Municipal Independência em Santa Vitória do Palmar, penúltima cidade mais ao sul do Brasil...
Lá foi um embate, uma prova de fogo...eram 2 atores...contra 600 espectadores, provenientes de diversas escolas públicas do município...veio gente até do Chuy... E foi um ótimo espetáculo! Aquele dia serviu para desmontar com a um imenso temor que tínhamos, o da idéia que pré concebida que espetáculos infantis precisam ter muitos atores e diversos personagens.
O que qualquer bom espetáculo necessita de fato para prender o público do início ao término de uma apresentação é sim um bom texto interpretado por bons atores, em sintonia entre si, e em sintonia com o público... Fica aqui a lembrança, deste que foi um dos espetáculos que mais tempo ficou em cartaz no repertório da companhia, e que sustentou- a por um bom período, foi com este espetáculo também que iniciamos a desbravar a Ilha de Santa Catarina e região há dez anos atrás. Nõa podemos deixar de destacar na trajetória de tal montagem foram de suma importância as participações dos atores, Gérsom Melo, Aurélio Bastos e Moisés Vasconcellos: "os bodes". Gérsom ensaiou durante dois meses o espetáculo mas foi Moisés que estreou com menos de um mês de ensaio...Mas a ida de Moisés para Brasília para trabalhar com o Grupo de teatro Hierofante fez que Aurélio Bastos entrasse no elenco como o bode, e foi ele o responsável pela maior circulação da peça, com a onça e o bode desbravamos o sul do país , literalmente! Gérsom voltou a atuar no final do espetáculo, em 2002 quando fizemos as últimas apresentações, numa aldeia indígena em Biguaçu (momento mágico) e no Teatro da fundação cultural de Rio do Sul/SC, com cobertura da TV local e várias sessões lotadas. Este espetáculo sempre foi uma carta na manga para salvar a companhia de diversas crises...então nada mais justo que hoje...doze anos após a sua estréia possamos publicar aqui esta singela homenagem aos que participaram do elenco, das turnês, da vida longa e divertida da maravilhosa trajetória que a onça e o bode percorreram, 'conhecendo diferentes cidades, crianças, escolas..."
Mas agora sigamos nosso caminho...
Para onde?
Ora, como dizia Dona Onça, não importa para onde se vai, importa sim que se ande para frente!